7th Dragon 2020 finalizado!
Depois de 40+ horas, terminei esse RPG de PSP traduzido por fãs.
Eu achava que ele era um jogo standalone, mas na verdade ele é um spin-off de um jogo do DS chamado
7th Dragon.
Ele rendeu mais dois jogos, uma sequel chamada
7th Dragon 2020-II, e um outro jogo para 3DS, fechando uma trilogia.
O próprio jogador que cria e customiza os personagens, podendo escolher entre dez designs de personagens:
Pode-se escolher também entre cinco classes, cada uma com suas vantagens e skills.
- Samurai - Personagem luta com espadas.
Tem skills que aumenta a força do personagem, e combos usando katanas.
- Psychic - Usuários de magia. Lutam usando magias elementais (fogo, gelo, elétrico) e magias de cura e recuperação (cura, reviver).
- Trickster - Usuários de armas de fogo.
São bem rápidos e usam skills que causam status negativos (veneno, paralisia etc).
Tricksters podem usar tanto armas de fogo quanto facas, só que certas skills eles só podem aprender se usar arma tal, por exemplo, se equipar uma arma num Trickister, ele só poderá usar skills de armas de fogo, se equipar facas, eles só poderão usar as skills de facas, nunca podendo usar os dois. No meu caso, eu usei dois tricksters no meu grupo; um usando e aprendendo skills de armas, e o outro usando e aprendendo skills de facas.
- Hackers - Personagens que usam skills que aumentam velocidade, defesa, etc.
- Destroyer - Artistas Marciais que causam dano pesado, mas tem pouca velocidade.
Outra coisa legal é que o jogador pode escolher as vozes dos personagens.
Tem um grupo bastante popular e famoso de dubladores, que quem assiste animes ou joga jogos com o idioma original em japonês vai reconhecer a maioria das vozes.
O problema é que o jogo é todo em texto, a dublagem só é usada nas batalhas quando os personagens usam as skills, ou técnicas especiais.
Então infelizmente as vozes são meio que desperdiçadas.
A história do jogo não é tão original nem complexa.
Se passa em um mundo pós-apocalíptico onde os Dragões dominaram o mundo e os humanos são submissos à eles.
Os personagens, então, trabalham para uma organização chamada
Murakumo, cujo objetivo é treinar pessoas para derrotar os dragões. É a típica história de salvar o mundo de um Deus, no caso, um Deus-Dragão.
O gameplay é você ir aceitando missões e ir derrotando dragões que estão causando algum tumulto e estrago em Tokyo.
O início do jogo é muito lento. Muito mesmo!
O Prólogo demora algumas boas horas até começar a trama principal.
As cinco primeiras horas também são bem demoradas e segue a mesma fórmula: Jogador recebe missão -> explora dungeon -> mata Boss dragão -> ciclo se repete. Fazendo com que o gameplay seja muito repetivivo, aliás, esse é o maior defeito do jogo: a repetição.
Não tem muito o que se fazer nas dungeons também, elas são longas, e a única coisa para fazer nelas são abrir baús contendo itens. A minoria tem puzzles para resolver, e por serem muito grandes acaba ficando irritante explorar algumas delas sem saber para onde ir e sempre pegando batalhas aleatória pelo caminho.
Outra coisa que aumenta o fator repetição é que nas dungeons tem cabeças de dragões andando por ela, essas cabeças são mini-chefes espalhados por todos os locais do jogo e, embora seja opcional lutar com elas, acaba não sendo tão opcional assim, já que esses mini-chefes dão pontos que servem para atualizar a HQ Murakumo, desbloqueando novos equipamentos, skills, etc.
Então acaba sendo obrigado a derrotar esses mini-chefes, e são 190 deles!! E eles são chefes mesmo, alguns demoram para morrer, então serão 190 dessas batalhas (e eu derrotei todos eles).
A Batalha do jogo também é bem simples: Três personagens são usados e as ações são alternadas por turnos, com comandos de: Ataque, Skills, Itens, Fugir.
É um sistema de turnos bem básico.
Tem um recurso também chamado
Exhaust Gauge, que é uma barra que vai enchendo conforme o personagem ataca ou toma dano, e pode ser ativado para aumentar força ou usar skills especiais dos personagens. É tipo o
Limit Break de Final Fantasy.
Os monstros aparecem em primeira pessoa, sendo que os personagens só aparecem quando eles usam skills.
Tem também side-quests para aceitar e fazer, também resgatar pessoas espalhadas em vários lugares de Tóquio, mesmo tendo enjoado do gameplay com umas 20 horas, eu acabei fazendo todas as side-quests e resgatei todos eles.
E quando você finaliza o jogo, desbloqueia uma Dungeon extra, que você tem que derrotar TODOS os chefes novamente, a única diferença é que eles estão mais fortes. E o Final Boss dessa dungeon é diferente do final boss principal.
Eu fiz e terminei essa dungeon extra também, então eu acho que eu fiz tudo o que tinha que fazer nesse jogo.
Enfim, eu achei um jogo legal, é um RPG bem padrão em termos de gameplay e mecânicas, pecando só pela repetição que pode acabar fazendo o jogador ficar entediado já na metade, no meu caso, com 20 horas eu já queria terminar.
Pretendo jogar os outros jogos no futuro, mas vai demorar muito pra isso, pois me parece que o gameplay dos outros não difere muito.