Mais um Kingdom Hearts finalizado!
Eu vejo como esse jogo já é velho quando ele estava sendo produzido no mesmo tempo que o
Final Fantasy Versus XIII, que foi cancelado e acabou se tornando o FF XIII e XV.
O Tetsuya Nomura estava trabalhando no Versus XIII, e comentou que o que ele não conseguiu colocar nele, ele colocou nesse Kingdom Hearts do 3DS, que foi feito pela mesma equipe que trabalhou no
Birth By Sleep do PSP.
Tanto que ele tem o mesmo sistema de Command Deck; onde o jogador pode customizar as ações que o personagem usa em batalha: ataques, magias, itens, etc. Quando um comando é usado, tem que se esperar uma barra encher para poder usar o comando novamente. Então quem jogou o jogo de PSP já vai estar familiarizado com esse sistema.
O combate do jogo é um dos melhores, usando tudo que o 3Ds tem de potência ao seu favor.
Ele possui várias mecânicas legais de gameplay que não tinha nos outros, como usar o cenário à favor dos personagens, podendo usar postes, trilhos, paredes para usar combos e ataques que ajudam durante as batalhas.
Outro mecânica legal é chamado de
Reality Shift: uma mecânica que varia em cada mundo, onde o jogador pode entrar em monstros, objetos, causando danos fortes, abrindo caminhos para avançar, etc. Essa mecânica é preciso usar a Stylus do 3Ds, pois para ativa-las, o jogador tem que completar alguns mini-games interativos via Touch-Screen.
Por ele ter várias mecânicas novas, é inevitável não ter muitos tutoriais explicando tudo. Nas primeiras horas de jogo tem vários tutoriais e glossários que vão sendo desbloqueados à medida que avançamos; são textos explicando eventos de jogos passados, perfis de personagens, termos do mundo do jogo como: Heartless, Nobodies, etc.
Não chega a ser nível de leitura de glossários de
Final Fantasy XIII, pelo menos. Aqui os textos sãobem sucintos.
Nesse jogo, nós jogamos com Sora e Riku, que estão passando por um exame onde, no final, um deles se tornará um Keyblade Master.
O gameplay fica alternando entre os dois, visitando os 7 mundos de obras da Disney, só que mundos em versões diferentes, nunca os dois se encontrando pelo caminho.
Diferente dos outros jogos, onde a exploração dos mundos fica por conta do jogador, aqui a narrativa é mais linear: você completa um mundo e já desbloqueia outro, não tem tanta liberdade na exploração.
O jogador também tem um limite de tempo para explorar cada local, que é chamado de "Drop Gauge", uma barra que vai diminuindo durante a exploração. Quando a barra esvazia, o personagem que estamos controlando entra em um estado de sono, alternando para o outro personagem imediatamente.
O lado chato do Drop é que se estivermos lutando contra um chefe com o Sora e a barra esvaziar, pula para o Riku em outro local e vice-versa. Se a gente tirou uma boa quantidade da barra de HP do chefe e acontece o Drop no meio da luta, quando a gente voltar nessa parte, tem que começar a luta do começo, com o Boss com a barra de HP cheia. Por isso é sempre bom ir numa luta com o chefe com a barra de Drop cheia para evitar esse problema.
Outra adição desse jogo são os
Dream Eaters, os monstros novos e inéditos na franquia.
Pateta e Donald são os dois personagens que acompanham o Sora na jornada, só que como aqui eles não são usáveis, os Dream Eaters são meio que os substitutos, pois apesar de eles serem os monstros que a gente combate, tem umas versões boazinhas que o jogador pode criar e usar como monstrinhos de estimação, ajudando Sora e Riku nas batalhas.
O jogador pode criar esses monstrinhos usando itens que é recebido após batalhas, comprando em lojas ou usando receitas.
Eles tem Level Up, habilidades, ataques mágicos etc. Ajudando os nossos heróis durante a campanha.
Os Dream Eaters têm até um menu próprio para eles, onde o jogador pode alimentar-los com comidas, doces etc, jogar mini-games bem divertidos, fazer carinho neles usando a Stylus, fazendo eles ganharem EXP, aumentar o nível de afinidade e receberem boosts em certos atributos, algo bem parecido com o que foi feito em
Pokémon X & Y.
O Dream Eater propaganda do jogo é esse aqui, chamado de Meow Wow, mistura de gato/cachorro gordo bem fofinho.
O jogo é muito bonito visualmente. Os Dream Eaters, os chefes, são todos muito coloridos.
Tem muitas cutscenes, inclusive, toda a reta final do jogo é bem longa; você tem que lutar com vários chefes um atrás do outro (tanto com Sora quanto com o Riku), ver várias cutscenes, mais lutas com chefes, mais cutscenes e assim sucessivamente sem poder dar uma pausa para salvar o jogo. É tenso.
Enfim, esse KH tem o meu sistema de combate favorito, bem fluído e divertido, não sendo totalmente "esmagar o botão", podendo ter que exigir certa estratégia do jogador na hora de se defender dos ataques inimigos.
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