A promessa feita ao
@MrLinx anos atrás está cumprida, e enfim...
Finalizado:Xenoblade Chronicles (Switch):
Party Lv. 75
Tempo final: 58:30
Chapter 17.
Não preciso nem dizer muito, apenas reafirmo o que originalmente nesta análise foi dito e trago minha experiência durante essas quase 60 horas, em uma versão melhorada, e sim Definitiva como se auto denomina.
Vou falar primeiro do que vi de negativo: o aspecto relatado pelo @MrLinx sofreu uma ligeira melhora, temos um mundo enorme, com inimigos de diferentes niveis espalhados do inicio ao fim do jogo, e sim, é possivel deparar com inimigos Lv.70 logo nas primeiras 10 horas de jogo, assim como aceitar quests que só podem ser feitas após concluir a historia principal (ou grindando feito um insano). Mesmo assim o jogo tem uma tonelada de sidequests, sendo sua massiva maioria, apenas para encher linguiça em termos de história, e acrescentam muito pouco a lore e enredo do jogo. Mesmo assim possui umas poucas interessantes.
Há também de se ressaltar que isso hora nenhuma compromete a jogatina, pois o intuito de tanta sidequest deixa claro uma coisa: Elas são uma espécie de catálogo de exploração. Como o mapa e mundo do jogo são enormes, e mostrados conforme você caminha, não há necessidade de vasculhar cada canto como em um Castlevania, basta seguir os apontamentos dados pelas sidequests, e automaticamente você vai acabar explorando todo canto relevante do jogo. Devo ter feito cerca de 85% das sidequests disponíveis, e aconselho a quem mesmo assim não tiver paciência ou quiser ser mais direto, fazer apenas as que oferecem EXP como recompensa, pois fora isso as outras realmente não compensam.
Agora vamos falar do que o jogo tem de melhor:
Trilha sonora marcante, gráficos muito bem feitos e caprichados (Lembrando que originalmente é um jogo de Wii, e essa remasterização deixou lindo o que ja era incrível), o gameplay e sistema de combate extremamente viciante e agradável, moderno e simples ao mesmo tempo. A minha ressalva aqui seria no quesito exploração, pois o jogo te obriga a caminhar bastante, sem nenhum auxílio de veículos ou montarias... em alguns momentos cheguei a querer ter pelo menos um pangaré pra chegar mais rápido, pra compensar isso usei bastante o Fast Travel, que por sinal, eh muito efetivo, e com loadings bem rápidos para os padrões de um console como o Switch.
Ainda no aspecto técnico, outro ponto notado: O jogo está rodando nativamente em 720p, resolução nativa do Switch, porém em muitas ocasiões parece ter uma leve queda de resolução, talvez para manter a taxa de quadros, o que é perceptivel mas não atrapalha, pelo contrario, ajuda muito o desempenho pois foram mínimas as vezes que percebei alguma queda no framerate, lembrando que jogo no Switch Lite, talvez o Switch padrão ofereça um desempenho ainda melhor. Mesmo assim, no contexto técnico geral é um jogo incrível.
O cenário de fundo dos mapas são sempre admiráveis, talvez por isso os desenvolvedores quisessem que o jogador andasse tanto a pé.
Os personagens (7 jogáveis) são um show a parte, todos muito carismáticos e o jogo possui ainda um sistema de afinidade, que se explorado permite que se conheça e estabeleça relações entre os mesmos, e claro isso é opcional, mas você consegue uns bonus de craft de gemas para equipar armas e bonus na arvore de skills dos personagens caso aumente o nivel de vinculo entre eles. Eu particularmente não explorei tanto esse sistema, mas cheguei a fazer um pouco de uso dele e achei ideia bem legítima e interessante. Com certeza muito melhor que os Date Systems presentes em outros jogos.
Um ultimo ponto, e o principal: o enredo, a história que Xenoblade nos conta, é um livro, uma obra prima, há muito eu não via um roteiro tão bem escrito (Sim, estou dizendo isso depois de já ter terminado o também incrível FFXVI, e sim Xenoblade Chronicles consegue equipará-lo senão superá-lo). São 7 personagens jogáveis, todos participativos em todos os momentos chaves da trama, a maioria muito bem desenvolvidos dentro da Main Story. E não para por ai, NPCs cativantes, únicos, importantes e inimigos dignos de um RPG épico. Reviravoltas, rasteiras, trairagem e
filha da putagem, aqui é mato! E o conjunto de tudo isso se encaixa de um jeito fantástico. Ao longo da jogatina, e das descobertas da trama você vai descobrindo mais sobre o mundo do jogo e tudo em volta dele mas, uma pergunta simples: Tudo começou com uma briga entre dois gigantes (deuses) num mundo onde apenas existem eles e um oceano (é a primeira tela do jogo, literalmente), mas que mundo é esse?
Eu sempre tive essa dúvida, e o jogo vai aos poucos explicando, o porque, como, onde, mas apenas na última cena você descobre de onde realmente surgiu tudo isso, onde você está e porque jogou feito por louco 60 horas! A sensação de satisfação e recompensa ao final de tudo é indescritível!
Como se não bastasse tudo isso, essa versão definitiva vem com uma "expansão". Que você pode jogar independente da campanha principal, ja que ela não utiliza dados, nem o save, porem continua diretamente a história, 1 ano depois do final do jogo. Novos personagens (esqueci de mencionar mas todos os personagens da party são jogáveis e o Shulk, na grande maioria do jogo sequer precisa estar na party).
Como ela, apesar de precisar do jogo base para ser executada mas ser uma historia a parte, vou jogar e analisar em separado, como habitualmente faço com expansões stand-alone.
Há muito o que se pode enaltecer nesse jogo, mas é uma experiencia que tem que ser jogada e não apenas contada, então joguem, pois esse jogo sem dúvida é um
MUST PLAY para qualquer amante de RPGs. 9.5/10