Jogo: The Legend of Heroes II: Prophecy of the Moonlight Witch
Sistema: PSP
Jogabilidade: RPG em Turnos
Desenvolvedora: Nihon Falcom
Lançamento: 16/12/2004
Idioma:
Tempo de gameplay: 20~25 horas
Antes de qualquer coisa, é bom esclarecer uma questão sobre os jogos da série lançados para o PSP. Trata-se de uma trilogia que sucede os dois primeiros jogos da série intitulados Dragon Slayer: The Legend of Heroes I & II.
Prophecy of the Moonlight Witch é na verdade o terceiro título lançado na série, mas que por má organização, acabou sendo lançado como segundo título no ocidente. Isso afetou também o quarto e quinto títulos, deixando um legado ruim para os jogadores de primeira viagem na série.
Este jogo do PSP é um remake do jogo original lançado para o NEC PC-9801 em 1994.
Também foi lançado para Sega Saturn, PlayStation e Microsoft Windows.
Algumas pessoas contam que, há muito tempo atrás, uma garota viajou por Tirasweel. Seu cabelo prateado brilhava como o luar, e seus olhos eram claros como uma fonte de água cristalina. Era uma jovem surpreendente, que podia deslumbrar o futuro em todo seu potencial. As pessoas também contam que, há muito tempo atrás, uma bruxa viajou por Tirasweel. Há contos relatando que a jovem era a mesma dos dois contos. Quando coisas boas aconteciam, as pessoas a admiravam e a respeitavam muito. Quando coisas ruins aconteciam, as pessoas a acusavam e a temiam. Algumas pessoas a chamavam de "Bruxa do Luar". Em algum momento do tempo, ela desapareceu, deixando muitas perguntas para trás.
A história inicia apresentando os dois personagens principais, Jurio e Chris, que vivem em uma pequena vila chamada Ragpick.
A tradição em Ragpick é que os jovens devem ir em peregrinação à Catedral de Oldos em uma cerimônia de amadurecimento.
Eles são obrigados a visitar os santuários em Tirasweel, onde cada local contém um espelho no qual os peregrinos podem ter presságios do futuro. Em vez de as visões serem agradáveis, as visões que Jurio e Chris acabam sendo de morte e destruição. Isso, além da jornada e o encontro com outras pessoas ao longo do caminho, impulsiona a história ao longo.
Prophecy of the Moonlight Witch não é um RPG em turnos muito conceitual e clássico. Ele apresenta uma pequena diferença em termos de combate, já que o posicionamento no campo de batalha afeta o alcance do ataque. O jogador, ao selecionar um comando para cada personagem no início de cada turno, irá ter seu momento de ação baseado nas estatísticas de sua velocidade, e isso também vale para os inimigos em campo de batalha. Um inimigo ao alcance no início do turno, pode estar fora do seu alcance no momento em que sua vez chegar, por o inimigo ter agido primeiro. Embora isso dê uma semelhança a um jogo mais estratégico e de ação, lembrando um pouco Star Ocean, acaba por apresentar apenas a antecipação de ações por conta do jogador para superar os inimigos. Grandia Xtreme remete a uma boa comparação para o jogo.
Cada personagem tem uma função a cumprir no combate, já que cada um, não só tem um comando de luta normal, mas também possui magias, habilidades e uma combinação de ambos para poder executar. Por exemplo, Jurio ganha um comando de provocação que força os inimigos que estão dentro do alcance de sua habilidade a se concentrarem nele. Isso dá a Chris e aos outros companheiros de equipe mais segurança, pois eles não serão alvos por algumas rodadas. Feitiços e habilidades como cura, dano mágico, habilidade de roubar, buffs e debuffs, são as técnicas especiais existentes no jogo. Conforme os personagens atacam e são atingidos durante o combate, isso preenche uma barra na parte inferior da tela. Quando a barra está cheia, aquele personagem pode usar seu ataque especial para causar um dano maior.
Não é um jogo muito desafiador. No início da jornada, há um tempo muito razoável para o jogador ir aprendendo a mecânica do jogo, enquanto nos é apresentado adversários pouco desafiadores. Com isso os personagens aumentam seus níveis com bastante frequência, especialmente ao entrar em novas áreas. Conforme os jogadores progridem, o desafio fica um pouco mais nivelado. Existem muito poucas batalhas contra chefes ao longo do jogo, mas mesmo essas são bastante simples, bastando uma boa estratégia para derrotá-los facilmente.
The Legend of Heroes II: Prophecy of the Moonlight Witch é um jogo que pode surpreender aos jogadores que iniciaram sua jornada na série a partir dos dois primeiros jogos Dragon Slayer. A mecânica e, principalmente o sistema de batalha é uma mudança grande. A jogabilidade é decente, mas não excelente. Possui um bom enredo, muito bem humorado, e uma história capaz de cativar em suas tão poucas horas de jogatina. É um jogo humilde, como gosto de dizer, assim como os outros jogos dessa trilogia. Você não encontrará nenhum quesito de sua produção que requeriu todos os recursos do PSP disponíveis. Em todavia, jogar estes jogos no portátil da Sony abre campo para algo maior e muito mais produzido logo em frente que seria a evolução da série Legend of Heroes.
Notas:
História: 7/10
Gráficos: 6/10
Som: 8/10
Sistema de Batalha: 7/10
Dificuldade: 7/10
Total: 7