Jogo: Dragon Slayer: The Legend of Heroes
Sistema: TurboGrafx-CD
Jogabilidade: RPG em Turnos
Desenvolvedora: Falcom
Lançamento: 25/10/1991
Idioma:
Tempo de gameplay: 18~24 horas
Dragon Slayer: The Legend of Heroes, teve seu lançamento inicial em 1989, para o NEC PC-8801.
Mas foi apenas em 1992, que o jogo receberia um lançamento ocidental, tendo sua versão em inglês lançada no NEC TurboGrafx-CD.
Em algum lugar no decorrer do tempo está Isrenasa, um mundo abençoado pela paz e tranquilidade. Cercada por mares de cobalto cintilante, as terras de Isrenasa foram divididas em cinco reinos: Farlalyne, Wyndgard, Norland, Sordis e Mortavia.
A terra de Farlayne foi invadida por monstros e uma grande batalha teve início em toda a região.
Os monstros foram derrotados, mas o Rei Corwin foi morto durante a batalha. O príncipe Logan, de cinco anos, era considerado muito jovem para governar o reino, então o Barão Drax declarou que governaria como regente até que o príncipe atingisse a maioridade.
Temendo por sua segurança, Logan foi levado para a cidade de Exile, por onde permaneceu por 10 longos anos.
Essa é a narrativa inicial da abertura do jogo. Se você por acaso jogou apenas os jogos mais recentes da série Legend of Heroes, pode se surpreender com o sistema de gráficos e sistema de batalhas que é apresentado nesse primeiro jogo.
Não se trata de um jogo ruim ou melhor em comparativo com os jogos mais atuais, e sim uma jogatina conforme os RPGs de mesma época, onde seus atributos eram semelhantes a muitos outros jogos conhecidos.
É um jogo para se conhecer o início de uma série tão acolhedora e de qualidade, assim como, para os apaixonados da era 16bits.
A jogabilidade em Dragon Slayer: The Legend of Heroes, pode parecer um pouco confusa para os jogadores não habituados com os games dessa época. Você tem um sistema de batalha muito semelhante a Dragon Quest IV, estando com 4 jogadores no time durante as batalhas, em um ritmo de encontros muito alto em todo o gameplay.
A velha fórmula de Loop de JRPGs é também usada aqui, onde você vai a uma cidade, ouve sobre algum problema local, vai em busca da solução do problema enquanto batalha contra monstros, recebendo experiência e subindo o nível de seus personagens, também recebendo ouro para comprar novos equipamentos.
Ao subir de nível seus chars, o jogo permite que você atribua manualmente os pontos de atributos, se você quiser.
Com isso você pode seguir um caminho de mais guerreiro ou mais feiticeiro a um personagem, por exemplo.
As batalhas são em primeira pessoa, por isso até de ter mencionado o jogo Dragon Quest IV. Gosto de uma opção muito interessante de batalha que o jogo permite usar, que é o Auto-Battle. Você pode configurar, previamente, instruções para seus guerreiros usar em batalha. Pode usar, por exemplo, uma batalha automática onde seu personagem apenas ataque fisicamente. Isso poupa o MP dos chars e agiliza mais as batalhas contra adversários mais fracos, já que, como disse, a taxa de encontro é extremamente alta no jogo.
A razão desta taxa alta, é que não são basicamente como todos os outros jogos existentes na época, onde a cada quantidade X de passos você ativa uma nova batalha. Funciona exatamente como em The 7th Saga & Chrono Cross, mas com um porém.
Os monstros estão tecnicamente “perambulando” pelo mapa. Em Chrono Cross você visualiza os inimigos e ao ir de encontro a eles, você ativa a batalha. Em Dragon Slayer todos os monstros são invisíveis, então o que realmente está acontecendo é que um monstro está de encontro à você enquanto você está parado, começando então uma batalha.
Há um item, no decorrer do jogo, que permite ver os monstros no mapa, e então você vai ficar muito indignado com o quão injusto isso foi no início do jogo, forçando você a inúmeras batalhas sem ao menos se mexer no mapa.
Dragon Slayer: The Legend of Heroes, é um dos JRPGs com mais surpresas positivas que tive nesse ano de 2021.
Tem bons gráficos, inimigos variados, uma boa história e é um desafio decente, o que rende boas estratégias de batalha por muitas regiões do mapa, e contra muitos chefes mais cascudos. Há um bom humor em meio à trama, com diálogos variados e alguns NPCs memoráveis.
A trilha sonora não é tão abrilhantada, mas tem seus pontos fortes, e tem que se destacar a dublagem, que para a época, foi algo muito inovador.
É um JRPG que vale a pena jogar, ainda mais se você for fã da série Legend of Heroes.
Notas:
História: 7/10
Gráficos: 7/10
Som: 7/10
Sistema de Batalha: 8/10
Dificuldade: 7/10
Total: 7,2