Ontem fui convencido pelos artifícios femininos de uma colega minha para ir assitir azul é a cor mais quente. No final da sessão de 3 horas de filme eu já havia me perguntado umas 5 vezes quando que o filme acabava. O filme tá recebendo elogio em todo canto, mas acho que o meu caso é que não tenho sensibilidade pra película desse tipo, razão pela qual eu também detestei Closer quando vi anos atrás.
A história não é ruim, é um daqueles filmes sobre adolescência, sexualidade, amadurecimento, um filme sobre amor, a alegria da união e a dor da separação.
O problema é que o filme se delonga demais em detalhar a vida da personagem principal e fica se demorando em muita cena de cotidiano que poderia ser cortado, sem falar dos omentos iniciais em que as personagens passam minutos se olhando e tentando encontrar assunto pra conversar. Esse é um dos pontos mais elogiados, mas sou bruto, insensível e não tenho paciência.
Não é um filme ruim, mas tenho o pressimentimento que essa porra ganhou a palma de ouro, que no caso deveria ser o PAU de ouro, por ter uma cena de sexo lésbico de CINCO minutos que é do nível daqueles vídeos amadores hardcores do xvideos com as atoras se chupando e ralando de toda forma possível. Até me perguntei quando que a porra da cena ia acabar, ao menos pra mim a duração foi algo muito desnecessário. Mas isso é algo discutível se levar em consideração a proposta do filme.
O final também é "pronto, terminou" sem ser muito conclusivo, mas também é por que foi a adaptação dos 2 primeiros capítulos da graphic novel em que o filme se inspira. A personagem principal, Adéle, na minha opinião ficou pintada de uma forma ligeiramente negativa no final do filme se você analiza o contexto todo.
No mais, o filme mostra que gostar de ostras é um sinônimo de gostar de buceta. Me segurei para não rir nessa cena do filme, é uma implicaçãozinha que a maior parte do público não vai perceber por não compartilharem dos conhecimentos líricos da pornografia.