O desafio de se criar Sequels

Tinha visto esse artigo há um tempo, mas estava no celular e não pude postar, uma entrevista da Dengeki com os produtores de Bravely Default, Legend of Heroes e Conception 2 sobre o desafio de agradar o público que jogou o primeiro e ao mesmo tempo conquistar mais jogadores:

http://www.siliconera.com/2013/12/20/bravely-default-legend-heroes-producers-struggles-making-sequels/


Dá para ver que uma preocupação deles é com a idade média dos jogadores, o objetivo é sempre cativar os mais jovens que tem mais tempo pela frente para aproveitar as possíveis sequels e produtos diversos relacionados  


Sou fascinado por jogos de sequel diretas, histórias que se continuam, personagens que retornam, mas acompanhando o mercado japa, sequels diretas são arriscados, os jogos seguintes sempre vendem menos.
Mas tem a vantagem de formar um público fiel, não tem altas vendas nas sequências, mas tem um número X de vendas garantidas + maior vendas de produtos diversos, ao menos é o que imagino.


O artigo fala também da exigência dos fãs, sempre difícil de agradar até nos pequenos detalhes.

Tem aqueles que reclamam porque a série dá sempre o mais do mesmo.
Outros chiam quando uma série abandona as raízes e nada tem haver com os anteriores  


Eu pessoalmente desde o PSone já achava que os RPGs estavam saindo incompletos, sempre faltava eventos, balanceamento de batalha (Causado pelo azar de jogar vários com finais rushados em sequência, estilo a maratona da Compile do Krod no PS3   )
Achava um "absurdo" quando uma sequência jogava tudo fora e refazia todo sistema de batalha ao invés de gastar o tempo em um rebalanceamento melhor. Isso e os mini-games tomando o tempo de produção, hoje também sinto falta   

Então sou do time que chia quando mudam muito uma série, se querem fazer algo diferente façam spin-offs    

Na verdade eu fiquei bastante admirada com o respeito pela inteligência do jogador que Trails tem, é como se eles tivessem em mente que agente cresce e que a medida que isso acontece, temas mais complicados podem ser abordados, o Trails in the Sky já é um ótimo jogo, mas quando comparamos com Zero por exemplo, aonde temos temas muito interessantes, poxa eu estive na situação do Lloyd ano passado, tinha me graduado para uma coisa e acabaram me chamando para um emprego que não precisava de toda minha graduação, achei aquilo fantástico, o pessoal da Falcon deve ler muito, obviamente eles mantém sua base para agradar todo o publico.

dai saem personagens como a Tio Plato e etc, mas jogar os Trails em sequencia é gratificante d+ e uma experiência única mesmo, Ao no Kiseki é um dos melhores rpgs do mundo.

quanto a squenix infelizmente não acho que Bravely Default vá longe é um titulo bom por ser old school, bonito e legal, mas não acho que vão conseguir criar uma franquia baseada nisso, seria melhor tentarem com Type-0 em minha opinião, aquilo tinha potencial , mas bom Squenix é Squenix.

já sobre o sujeito de Conception II, nem vou comentar nada, jogo mais retardado ever, nem li o que tinha la

Agora é moda criar continuações, principalmente na parte da Square.   
É sim interessante ver o que aconteceu com os personagens e o mundo que gira em torno tal jogos, mas eu prefiro muito mais um novo game na série com os mesmo elementos do que uma continuação na história.

No caso de FF sou de pleno acordo       


O melhor que achei foi o Revenant Wings, gostei muito do jogo, me surpreendeu

djcoston escreveu:

Agora é moda criar continuações, principalmente na parte da Square.  :roll: 
É sim interessante ver o que aconteceu com os personagens e o mundo que gira em torno tal jogos, mas eu prefiro muito mais um novo game na série com os mesmo elementos do que uma continuação na história.

Agora a moda é dizer que o que você faz na privada é sequel.

Se não me engano, Sen no Kiseki foi o jogo mais bem sucedido da série até agora. Além da Falcom conseguir sempre manter um nível, o boca-a-boca ajuda bastante. Pode ver, sites que divulgam jogos japas sempre hypam a série, quem joga em japonês sempre cita a série.

O problema não é fazer sequels...é fazer sequel de jogo ruim (tipo Final Fantasy XIII) ou sequel pior que o anterior (Drakengard 3, por exemplo). Se a produtora consegue manter o nível, ninguém vai dispensar ver seus personagens mais uma vez, ou jogar aquela jogabilidade bacana de novo.

hawk666 escreveu:

O problema não é fazer sequels...é fazer sequel de jogo ruim (tipo Final Fantasy XIII) ou sequel pior que o anterior (Drakengard 3, por exemplo). Se a produtora consegue manter o nível, ninguém vai dispensar ver seus personagens mais uma vez, ou jogar aquela jogabilidade bacana de novo.

Perfeito. Nada a complementar.

Sequel pra mim depende.

Tem os bons que são os conhecidos do povão,como FF e DQ.

E tem os ruins,como o...

Breath of Fire 2,a ovelha negra da série.
O jogo é bom e a história também.Porém,na hora que tiveram a brilhante idéia de fazer o Ryu gastar todo o AP pra soltar os golpes de dragão,pra mim,cagaram no pau.

É o que eu acho. 

Sequências são sempre um problema, por inúmeros fatores!
Mudaram o time, a visão original se esgotou no primeiro jogo, a ideia até existe, mas o primeiro jogo não se pagou, e por aí vai.
Mas rendem também uma coisa, que por muito tempo foi uma verdade:
Que as sequências na indústria de cinema eram piores que o filme original, enquanto que nos games a sequência costuma melhorar vários aspectos, como gráficos, jogabilidade, história...
Ora, Resident Evil 1 foi bom, mas o 2 o superou em variados aspectos!
Ocarina of Time mudou os jogos, mas Majora's Mask teve melhoras na jogabilidade, apesar do esquema que poucos compreendem do ciclo repetitivo de 3 dias.

Já hoje, as coisas são feitas para serem parte de um mundo maior, com sequências e spin-offs planejados, sem falar naqueles que 20, 30 anos depois do seu "final", estão sendo trazidos de volta, com remakes, seriados com novas temporadas...

Quase uma década depois da abertura desse tópico, acho que a produção de sequels ficou mais fácil, quando já se está dentro de um todo muito, muito maior.

Vejo que temos muitas variantes quando um jogo recebe uma sequência.

A primeira seria a sequência direta pelo time original.
Nesse sentido, teríamos por exemplo, Xenosaga I, II & III do PS2. Os três jogos se complementam, dando continuidade a uma única história, trabalhado por um mesmo time, seguindo algo que poderíamos chamar de canônico.

A segunda opção seria de um título que recebeu uma sequência mas que a história não segue exatamente todos os caminhos do jogo anterior, e também um jogo onde muitas pessoas do jogo original acabaram não trabalhando.
Nisso, teríamos por exemplo, Final Fantasy X e Final Fantasy X-2.

A terceira opção seria de uma série com jogos em comum e em sequência, onde o sistema de jogo se mantém, principalmente os combates, mas cada jogo possui uma história e enredo únicos. Os exemplos são os maiores possíveis. Final Fantasy mesmo foi do 1 ao 10 nesse estilo, havendo a ruptura no XI e no XII.

Dessas três opções, a mais incomum no meio RPG seria a primeira. Quando um jogo faz muito sucesso, é natural para os profissionais acabarem migrando para outras empresas, ou mesmo se juntando para criar a sua própria. Creio que o exemplo mais claro seria da Tri-Ace, onde os profissionais pertenciam à Namco, e que formaram a empresa após se destacarem no jogo Tales of Phantasia do Super Nintendo.

É realmente um grande desafio fazer uma sequência que mantenha a mesma qualidade, e pelos olhos da empresa, manter o mesmo número de vendas, ao mínimo.