Nome: Ni No Kuni: Wrath of the White Witch
Produtora: Level-5
Gênero: RPG por Turnos
Plataforma: Playstation 3
Versão analisada: Americana
Ni No Kuni: Wrath of the White Witch, é um jogo produzido pela empresa Level-5, a mesma que desenvolveu jogos como Professor Layton, Dark Chronicle, White Knight Chronicles e Dragon Quest VIII. Ni No Kuni também recebe a magia do estúdio Ghibli, que trouxe até nós filmes como “A Viagem de Chihiro”, “O Castelo Animado” e “Princesa Mononoke”. O resultado não podia ser algo diferente de espetacular dessa união.
Como não podia deixar de ser, a fusão da arte dos estúdios Ghibli com o Cell-Shading da Level-5 resultou num dos jogos mais bonitos e visualmente apelativos desta geração.
O desenho dos personagens grita o nome Hayao Miyazaki em quase todo o seu estilo, como tal, é impossível não gostar dos personagens criados para este universo, seja o pequeno Oliver, ou o ainda mais pequeno Drippy, os Familiares e até os muitos inimigos do jogo, há que dar os parabéns aos dois estúdios que criaram uma verdadeira obra visual.
O jogo conta a estória de Oliver, um garoto que vive com a sua mãe na cidade de Motorville. A vida decorre de forma calma e tranquila, até o dia em que ocorre um perda para Oliver. Sofrendo muito, as lágrimas de Oliver acabam por libertar Drippy da sua maldição e rapidamente este percebe que o garoto pode ser a pessoa de coração puro que irá salvar o seu mundo.
Oliver parte com Drippy para o novo mundo, com o objetivo de libertar o espírito da alma espelhada da sua mãe, a bruxa Alicia, e pelo caminho, derrotar o bruxo negro Shadar. Isto vai resultar em saltos entre os dois mundos de forma a descobrir a melhor forma de avançar e descobrir o paradeiro do inimigo.
Como em outros RPG's, Ni No Kuni começa com uma longa introdução que serve como tutorial do jogo, as mecânicas de exploração e combate são apresentadas durante as primeiras horas enquanto o novo mundo é mostrado de forma calma. A partir desse momento, as novidades surgem de forma mais compassada rápida e a estória começa a apresentar os personagens do enredo que vão compor a equipe de Oliver.
A estória de Ni No Kuni, embora compartilhe dos elementos de quase todos os filmes dos estúdios Ghibli, não incorpora os mesmos clichês de outros jogos lançados em sua mesma época. Quando a estória não brilha, brilham os seus personagens, especialmente Drippy, um dos personagens mais memoráveis e divertidos que vi num jogo nos últimos anos.
Muitos RPG's japoneses perderam o world map ao migrar para a geração 128 Bits, mas Ni No Kuni regressa as regiões abertas e recheadas de inimigos que precisam ser atravessadas. A variação das paisagens é bastante boa e podem contar com quase todos os estilos de terreno, seja por planícies ou desertos.
Pelo caminho encontramos várias cidades e aldeias, assim como inúmeras zonas extras que podem ou não fazer parte da história, o que confere uma maior longevidade e a necessidade de regressar à localizações anteriores para apanhar tudo o que ficou para trás ou abrir os baús trancados por magia.
A navegação é extremamente facilitada por um compasso que mostra sempre o próximo objetivo. É um sistema que simplifica de forma imensa o jogo, mas que ajuda bastante os mais inexperientes ou aqueles que querem seguir a estória linearmente. Os marcadores de missão podem ser desligados no menu de opções para aqueles que gostam de explorar por si próprios.
Ao longo da aventura encontramos muitas pessoas que nos oferecem missões e outras que podem requisitar em algumas lojas. Estas missões extras podem ser ignoradas, mas são uma excelente forma de melhorar o personagem e ganhar selos de ajuda, os quais podem ser trocados por itens preciosos e que são úteis o suficiente para que coloquemos bastante tempo para ajudar outros personagens.
O outro oposto do jogo são os combates. Embora não sejam realmente tidos no sistema por turnos à moda antiga, o seu modelo não se afasta tanto ao que já estamos habituados.
Em cada combate, Oliver pode combater sozinho ou com a ajuda de um Familiar, que são animais com poderes e habilidades especiais que podem tomar o seu lugar, embora compartilhem da sua vida e fonte de magia (MP).
Com a variação existente entre Familiares e as habilidades mágicas de Oliver, a Level-5 conseguiu criar um sistema de combate realmente interessante, empolgante e recheado de estratégia. Há que saber quando atacar, quando defender e qual a melhor hora para retirar o familiar de combate e utilizar as magias de ataque ou cura de Oliver.
A inclusão de outros personagens e outros Familiares vai aumentar ainda mais o número de estratégias disponíveis, além de preparar o jogador para combates ainda mais grandiosos contra os muitos bosses do jogo.
A presença de Familiares em Ni No Kuni nos faz pensar em jogos como Pokémon. Não é só a utilização destas criaturas que faz lembrar a série, pois no jogo os companheiros-monstros também recebem experiência, aprendem novas habilidades e evoluem para formas ainda mais fortes.
O enfoque nos Familiares é uma aposta ótima e toda a interação que pode ser feita tanto em combate, como fora dele, com a mudança de habilidades e a oferta de doces para aumentar as capacidades ou equipamentos, faz com que os familiares sejam um grande aspecto no jogo.
As ost's também são uma grande e maravilhosa arte do jogo. Joe Hisashi é simplesmente belo em seu trabalho e encaixa harmoniosamente em praticamente todos os momentos da aventura.
A dublagem também é um fator importante e devo dizer que gostei mais do trabalho em inglês do que o original em japonês. Deve ser a primeira vez que a versão traduzida atinge um patamar de qualidade equivalente numa localização de um jogo, mas a versão em inglês consegue se destacar mais ainda por Drippy. Apenas lamento que nem todos os diálogos importantes tenham direito a voz.
Ni No Kuni: Wrath of the White Witch é um jogo para passar de 40 horas. Existe muito para se fazer e descobrir, e nem mesmo alguns modelos repetitivos das missões vão permitir que o jogador não queira ver o final da aventura de Oliver.
Como não podia deixar de ser, a fusão da arte dos estúdios Ghibli com o Cell-Shading da Level-5 resultou num dos jogos mais bonitos e visualmente apelativos desta geração.
O desenho dos personagens grita o nome Hayao Miyazaki em quase todo o seu estilo, como tal, é impossível não gostar dos personagens criados para este universo, seja o pequeno Oliver, ou o ainda mais pequeno Drippy, os Familiares e até os muitos inimigos do jogo, há que dar os parabéns aos dois estúdios que criaram uma verdadeira obra visual.
O jogo conta a estória de Oliver, um garoto que vive com a sua mãe na cidade de Motorville. A vida decorre de forma calma e tranquila, até o dia em que ocorre um perda para Oliver. Sofrendo muito, as lágrimas de Oliver acabam por libertar Drippy da sua maldição e rapidamente este percebe que o garoto pode ser a pessoa de coração puro que irá salvar o seu mundo.
Oliver parte com Drippy para o novo mundo, com o objetivo de libertar o espírito da alma espelhada da sua mãe, a bruxa Alicia, e pelo caminho, derrotar o bruxo negro Shadar. Isto vai resultar em saltos entre os dois mundos de forma a descobrir a melhor forma de avançar e descobrir o paradeiro do inimigo.
Como em outros RPG's, Ni No Kuni começa com uma longa introdução que serve como tutorial do jogo, as mecânicas de exploração e combate são apresentadas durante as primeiras horas enquanto o novo mundo é mostrado de forma calma. A partir desse momento, as novidades surgem de forma mais compassada rápida e a estória começa a apresentar os personagens do enredo que vão compor a equipe de Oliver.
A estória de Ni No Kuni, embora compartilhe dos elementos de quase todos os filmes dos estúdios Ghibli, não incorpora os mesmos clichês de outros jogos lançados em sua mesma época. Quando a estória não brilha, brilham os seus personagens, especialmente Drippy, um dos personagens mais memoráveis e divertidos que vi num jogo nos últimos anos.
Muitos RPG's japoneses perderam o world map ao migrar para a geração 128 Bits, mas Ni No Kuni regressa as regiões abertas e recheadas de inimigos que precisam ser atravessadas. A variação das paisagens é bastante boa e podem contar com quase todos os estilos de terreno, seja por planícies ou desertos.
Pelo caminho encontramos várias cidades e aldeias, assim como inúmeras zonas extras que podem ou não fazer parte da história, o que confere uma maior longevidade e a necessidade de regressar à localizações anteriores para apanhar tudo o que ficou para trás ou abrir os baús trancados por magia.
A navegação é extremamente facilitada por um compasso que mostra sempre o próximo objetivo. É um sistema que simplifica de forma imensa o jogo, mas que ajuda bastante os mais inexperientes ou aqueles que querem seguir a estória linearmente. Os marcadores de missão podem ser desligados no menu de opções para aqueles que gostam de explorar por si próprios.
Ao longo da aventura encontramos muitas pessoas que nos oferecem missões e outras que podem requisitar em algumas lojas. Estas missões extras podem ser ignoradas, mas são uma excelente forma de melhorar o personagem e ganhar selos de ajuda, os quais podem ser trocados por itens preciosos e que são úteis o suficiente para que coloquemos bastante tempo para ajudar outros personagens.
O outro oposto do jogo são os combates. Embora não sejam realmente tidos no sistema por turnos à moda antiga, o seu modelo não se afasta tanto ao que já estamos habituados.
Em cada combate, Oliver pode combater sozinho ou com a ajuda de um Familiar, que são animais com poderes e habilidades especiais que podem tomar o seu lugar, embora compartilhem da sua vida e fonte de magia (MP).
Com a variação existente entre Familiares e as habilidades mágicas de Oliver, a Level-5 conseguiu criar um sistema de combate realmente interessante, empolgante e recheado de estratégia. Há que saber quando atacar, quando defender e qual a melhor hora para retirar o familiar de combate e utilizar as magias de ataque ou cura de Oliver.
A inclusão de outros personagens e outros Familiares vai aumentar ainda mais o número de estratégias disponíveis, além de preparar o jogador para combates ainda mais grandiosos contra os muitos bosses do jogo.
A presença de Familiares em Ni No Kuni nos faz pensar em jogos como Pokémon. Não é só a utilização destas criaturas que faz lembrar a série, pois no jogo os companheiros-monstros também recebem experiência, aprendem novas habilidades e evoluem para formas ainda mais fortes.
O enfoque nos Familiares é uma aposta ótima e toda a interação que pode ser feita tanto em combate, como fora dele, com a mudança de habilidades e a oferta de doces para aumentar as capacidades ou equipamentos, faz com que os familiares sejam um grande aspecto no jogo.
As ost's também são uma grande e maravilhosa arte do jogo. Joe Hisashi é simplesmente belo em seu trabalho e encaixa harmoniosamente em praticamente todos os momentos da aventura.
A dublagem também é um fator importante e devo dizer que gostei mais do trabalho em inglês do que o original em japonês. Deve ser a primeira vez que a versão traduzida atinge um patamar de qualidade equivalente numa localização de um jogo, mas a versão em inglês consegue se destacar mais ainda por Drippy. Apenas lamento que nem todos os diálogos importantes tenham direito a voz.
Ni No Kuni: Wrath of the White Witch é um jogo para passar de 40 horas. Existe muito para se fazer e descobrir, e nem mesmo alguns modelos repetitivos das missões vão permitir que o jogador não queira ver o final da aventura de Oliver.
Nota: 100