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Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land

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4 participantes

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Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land Logo

Nome: Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land
Produtora: Gust
Gênero: JRPG
Plataforma(s): Playstation 3
Versão analisada: Japonesa


A promessa vai começar
Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land 1


Atelier Ayesha - The Alchemist of the Twilight Land é o décimo quarto projeto da franquia, e o quarto jogo para playstation 3.


Eu robô
Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land 2


Atelier Ayesha, como anunciado pela produtora, é um completo reboot para a franquia, trazendo universo, personagens,e até itens completamente diferentes dos já conhecidos pelos fâs.

O jogo consegue apresentar seu trabalho artístico de forma sublime, seja por conta de belas cenas de apresentação de localidades, seja pelos pequenos detalhes dos personagens e dos cenários, tendo como resultado um visual bem próximo das artes conceituais do título.

A parte sonora também não fica atrás, com uma OST bem variada e muito bem produzida, indo desde músicas orquestradas e hard rock às clássicas músicas a base de instrumentos de sopro, característica típica da série.


Postado por "EliteChampion89"(Youtube)/"Schismogenesis"(Gamefaqs)


Já a parte técnica não muito a ser elogiada. De ponto positivo fica apenas as rápidas telas de loading. De resto, o jogo apresenta movimentação robótica dos personagens, sincronia labial inexistente, expressões faciais pobres, gráficos que estão longe de se destacarem nessa geração e pop-in de personagens e inimigos bem evidentes, além da constante repetição de frases nas variadas mecânicas de jogo, como na alquimia e nas compras, deixando longos períodos de jogo bem irritantes.


Profundo como "Crepúsculo"
Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land 3


Atelier Ayesha traz uma atmosfera mais densa e sombria comparada aos outros jogos da série: nele, o mundo se encontra em um estado "pré-apocalíptico", e a alquimia já é praticamente dada como uma ciência perdida. Embora um tanto sombrio, o jogo não deixa de lado o humor típico da franquia.

O título traz uma narrativa diferenciada, pois mais informações e detalhes sobre a trama vêm a tona somente quando o jogador se interessa em ir atrás de eventos secundários e/ou particulares de alguns personagens. Apesar de interessante, o jogo não consegue se aprofundar o suficiente em sua própria temática, deixando vários aspectos sem muita explicação, ou quando têm, são bem vagas e simplórias. Os pontos negativos ficam ainda mais em evidência por conta do background, já que a narrativa e o universo dão a entender que o enredo vai ser igualmente denso, o que infelizmente não acontece.

O elenco é outro ponto que apresenta furos. Os personagens jogáveis em geral são bem carismáticos e com personalidades únicas, mas alguns deles não são muito bem desenvolvidos, com casos onde é preciso acreditar que aparecerão em continuações, para que o jogador possa se conformar pela falta de informação dos mesmos. Já os NPCs em geral são bem apagados, para não dizer insignificantes ou até mesmo petulantes.


Mundo pequeno
Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land 4


Em Atelier Ayesha, o jogador é livre pra fazer o que quiser em um período de 3 anos, tendo como principal e único objetivo encontrar a irmã da protagonista, Nio. Durante esse tempo, Ayesha pode explorar dungeons, batalhar, forjar itens com alquimia e interagir com outros personagens através de vários eventos. Absolutamente tudo que Ayesha faz resulta em pontos, que por sua vez, são gastos para a protagonista registrar seus principais eventos em um diário. Registrar eventos específicos concedem bônus específicos, como benefícios extras para batalhas ou alquimia, portanto é preciso ficar de olho em qual evento a ser registrado se deve dar prioridade. Da mesma forma, a grande maioria do que pode ser feito exige tempo, que varia desde algumas horas até dias. Por conta disso, o jogador precisa ficar de olho no calendário e saber administrar seu tempo de forma balanceada, seja pra evoluir os personagens, seja pra prosseguir na história ou até mesmo realizar um evento em uma data específica.

O mundo do jogo é explorado através de um mapa a la Super Mario antigos, ou seja, um mapa 2D com vários pontos, cada um representando uma dungeon ou cidade. Andar pelo mapa também consome dias, mas em Ayesha o tempo consumido é muito menor que de seus antecessores, fazendo com que o jogador tenha mais tempo para atividades do que apenas viagens. Apesar da pequena melhoria, as dungeons não colaboram, sendo elas nem ao menos simples, mas corredores, e muitas delas extremamente curtas, fazendo com que exploração não seja uma atividade muito prazerosa ou recompensadora. Como se já não bastasse, o número de localidades de Atelier Ayesha é muito pequeno, fazendo o jogador conhecer todos os pontos acessíveis em um espaço de tempo bem curto. Outra coisa que incomoda no jogo são os NPCs vendedores que aparecem, muitas vezes, de forma aleatória no mapa, já que eles possuem muitos eventos, e o sistema obriga o jogador a assisti-los ao passar por cima desses pontos específicos. Ruim por ser obrigatório, pior por serem personagens sem sal, e ainda mais caso o jogador esteja em um new game plus.

Para coletar itens pra alquimia, o jogador deve parar em pontos brilhantes das dungeons. Mas, diferente dos jogos antigos onde um menu aparecia pros itens serem escolhidos, o sistema agora é bem mais dinâmico, bastando apertar o botão de ação repetidamente, como coletar loot em um MMORPG. Além dos inimigos à espreita e dos pontos de coleta, o jogador encontrará, tanto nas dungeons e cidades como no mapa mundi, panfletos variados, que se tratam desde avisos de inimigos perigosos a descontos e produtos novos em pontos de venda. Como se pode notar, esses panfletos são uma espécie de gatilho para iniciar pequenos eventos e side-quests, um sistema discreto mas muito interessante.

O sistema de batalhas do jogo é uma evolução do que já foi apresentado em Atelier Meruru: Um sistema por turnos com uma barra apresentando a ordem de ação dos personagens e inimigos, skills normais e de assistência, e agora, a possibilidade de andar em pontos específicos da arena. Essa opção muda drásticamente o estilo de batalha da série, deixando-a muito mais estratégica do que antes, já que o jogador precisa pensar em se agrupar em um ponto para ter benefícios de skills e itens de área, se separar para não levar um golpe de área, e até mesmo se posicionar atrás dos inimigos para desferir "back attacks", que causam danos mais devastadores. Junto com o sistema, a dificuldade também foi modificada, ficando bem mais difícil de se prosseguir sem o porte de itens de cura, bombas ou equipamentos melhorados. Infelizmente, nem as batalhas estão livres dos pontos fracos, apresentando um bestiário vergonhosamente pequeno, com, literalmente, meia dúzia de monstros diferentes com três a quatro cores para cada um.

A alquimia em Atelier Ayesha é um dos únicos pontos do jogo que é preciso ser aplaudido de pé: além de manter a base do sistema na série, que é a de misturar itens e ingredientes para obter outro item inédito, foram acrescentados e modificados diversos aspectos que faz com que a atividade de criar itens seja extremamente viciante e prazerosa. Um dos destaques fica por conta dos materiais primários, que agora possuem propriedades e características fixas. Com isso, o jogador não precisa se preocupar com qualidade, ranking, skills e outras coisas que vinham de forma aleatória em outros jogos da série, basta apenas pensar em usar materiais completamente diferentes se quiser resultados diferentes. Outro ponto está no modo de preparo, onde o jogador precisa escolher a ordem de inserir os ingredientes. A ordem pode mudar completamente o resultado final, pois alguns itens possuem habilidades passivas que podem alterar o processo de forja. Pra completar, Ayesha possui habilidades próprias pra alquimia, que são coisas como repetir o mesmo material duas ou mais vezes, cancelar propriedades do produto final e até mesmo copiar as propriedades do ingrediente diretamente para o item a ser produzido. Tudo isso, além de proporcionar uma sensação muito maior de criação própria, ajuda no quesito customização, pois fica muito mais fácil para se criar o item perfeito.


Escolha seu destino
Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land 5


Atelier Ayesha não deve aos outros jogos da franquia no quesito multi-finais, dando a possibilidade do jogador ver mais de dez futuros distintos pra protagonista, dependendo apenas do que o jogador fez ou deixou de fazer. O ponto positivo para o sistema de Ayesha é que o jogo permite ao jogador escolher qual finar assistir caso haja mais de uma possibilidade, não precisando mais fazer cálculos para não ativar eventos repetidos, nem criar inúmeros saves.

O jogo dura em torno de 25 horas para ver ao menos um dos finais, e mais de 50 horas para completar tudo.

Além dos múltiplos finais, o jogo conta com alguns extras, como uma competição de "quem apresenta o melhor item na cidade" de tempos em tempos, inimigos mais poderosos proporcionados pelos panfletos, e side-quests de moradores das cidades. O interessante desse último é que, diferente dos anteriores, onde os mesmos eram apenas quests aleatórias para ganhar dinheiro e karma, em Ayesha todos eles possuem uma mini-trama, além de estarem em número limitado. O sistema só seria melhor, se os pedidos dos moradores ficassem anotados no bloco de notas de eventos de Ayesha, utilidade que existia na trilogia anterior e foi inexplicavelmente removido. Por causa disso, o jogador é obrigado a anotar por conta própria, olhar em wikis ou ir checar "pessoalmente" toda vez que esquecer.


Alquimista da sessão da tarde
Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land 6


Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land, é um jogo que prometeu seguir a linha de evolução da série e superar Atelier Meruru, mas que no final se saiu quase tão medíocre quanto o primeiro título da trilogia Arland, Atelier Rorona. Ayesha é um jogo com boas idéias e sistemas mais dinâmicos, mas que foram perdidos em um título aparentemente terminado às pressas.


Nota: 7



Última edição por hawk666 em Qui Jul 05, 2012 11:44 pm, editado 1 vez(es)


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Ao meu ver o jogo continua como "mais do mesmo" só que com uma melhora no sistema de alquimia. Aliás achei que deve ser bastante interessante esse sistema se for como você citou. Só decepcionou o fato do jogo ser extremamente curto e ter poucas áreas...e, poxa só três anos? sacanagem mesmo viu... Talvez esse jogo sofra do mesmo mal do Tales of Xillia, um jogo feito às pressas e sem conteúdo.
No mais, parabéns pela review e pela platina! Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land 1948895123

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Bom review, mas é uma pena o jogo não ser melhor que o anterior. Tinha um certo hype pelo jogo, apesar do lado técnico não parecer ser muito polido. Quando eu terminar Meruru eu pego se a série ainda estiver agradando.
Ainda acho que eles podia re-implantar as ferramentas que você usava na alquimia nos jogos antigos da série.

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pelo visto terei de me satisfazer comprando a OST do jogo as peças que ouvi eram muito agradáveis


Atelier Ayesha: The Alchemist of the Twilight Land 1041290732
https://youtu.be/iwSYQGwyjPg

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Falando nisso, gostaria de perguntar ao Tomio: Qual Atelier de PS3 tem a "melhor" e mais agradável trilha sonora?

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djcoston escreveu:
Falando nisso, gostaria de perguntar ao Tomio: Qual Atelier de PS3 tem a "melhor" e mais agradável trilha sonora?


De longe, a de Ayesha.

Aliás, se você for pra página do youtube através do vídeo que coloquei na análise, vai poder escutar as 12 battle/boss themes de Ayesha que o mesmo cara upou. Em variedade e qualidade são impecáveis. Mas pessoalmente prefiro a de Meruru exclusivamente pelas boss themes a la Mana Khemia.


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Hmm... Vou dar uma checada depois no canal desse camarada. Smile

Uma outra coisa, ainda tem aqueles DLCs de músicas de outros Ateliers nesse?

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djcoston escreveu:
Hmm... Vou dar uma checada depois no canal desse camarada. Smile

Uma outra coisa, ainda tem aqueles DLCs de músicas de outros Ateliers nesse?


Sim. Disponibilizaram por download no dia do lançamento, inclusive (300 ienes)

Mas o jogo já deixa usar a OST da trilogia anterior.


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Embora a série Atelier tenha jogos bons num sei pq num consigo animar a começar algum pra valer! unsure
talvez tenha sido o trauma de Atelier Annie...

A trilogia Iris eh boa em relação aos outros? Esses foram os que mais me instigaram desde então!! Neutral


Meus RPGs Finalizados

"We keep playing!"

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Eu acho que depende do tipo de RPG que você quer. Além da Trilogia Iris tem o dois jogos da série Mana Khemia. Dessas duas séries não tenho muito do que falar, já que foram os Rpgs que menos joguei na época do PS2. Se comparados a série original, foi no Iris que a Gust começou a mudar o sistema do jogo em si, que era focado em "criar uma loja de alquimia". Essas duas séries tem elementos mais tradicionais de RPGs e um foco maior em exploração e sistema de batalha.

Nos jogos clássicos da série (começando no Atelier Marie no ps1, parando no Violet do ps2 e recomeçando no Rorona do ps3) a característica principal é que eles se parecem mais com um Harvest Moon de alquimia cujo objetivo mesmo é criar uma loja de alquimia e obter fama em um período de alguns anos, com finais variando no que você cumpria no jogo.

No Atelier Marie por exemplo, a personagem principal era a pior estudante de alquimia do colégio, daí como recuperação, ela era obrigada a abrir uma loja decente de alquimia em alguns anos. Você podia ficar só nisso e manter sua lojinha até o fim do jogo, ou sair coletando materiais raros, receitas e firmar amizade com personagens afim de obter um final diferente. Dava até para criar a pedra filosofal no final, e se você fizesse isso no final você virava professora da escola.

Uma das coisas que mudou muito da série original para o Iris e Khemia, era que as personagens principais do jogo eram fraquíssimas, a ponto de você poder morrer na primeira batalha que encontrasse com uma única porrada, por isso o jogo era muito mais focado em contratar guarda-costas (e ficar amigo deles) para explorar o mundo. Qualquer batalha no começo do jogo você podia morrer, mesmo com escolta. Algo que no Iris e Khemia é muito mais porrada.

A série de PS3 são bons jogos com grandes melhoras de um para o outro, se for começar pelo Rorona você precisa se acostumar com os gráficos (que são patéticos e longe de se parecerem com as artworks) e sistema de batalha que é um downgrade se comparado com Iris e Mana Khemia, além de que possuir um progressão bem lenta. A séria fica boa a partir do Totori. Nesses 3 jogos o lema é que não existe fim do mundo, eventos épicos ou parecido, você é apenas uma garota aprendiz de alquimia.

Resumindo, se você quer um Rpg mais geral com maior foco na trama, mas ainda com elementos de alquimia pega o Iris ou Mana Khemia. É capaz que você goste do Khemia já que a proposta dele é você ser um estudante de um colégio de alquimia e além de trama principal tem coisas como provas no colégio e uma maior exploração. Se quer algo que segue mais a tradição da série mesmo e é super-focado em "criar uma loja de alquimia" pega a série de PS3.

Se o Atelier Annie for o que eu penso que é pro DS, você provavelmente vai querer evitar a série tradicional, ou pelo menos vai jogar um dos últimos como o Ayesha ou Meruru que tem sistemas melhorados.
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